Quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
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O programa Trator Solidário ganha um reforço de R$ 140 milhões para financiar cerca de dois mil tratores, colhedoras e pulverizadores agrícolas até o ano safra 2017/18. Os recursos serão viabilizados com a renovação de convênio assinado quarta-feira (16) entre a Secretaria de Estado da Agricultura e o Banco do Brasil, para financiar a compra dos veículos.
Também foi celebrado outro convênio, entre o Banco e a Emater, para execução de prestação de serviços de Assistência Técnica e Crédito Rural. Esse convênio prevê habilitar cerca de 800 técnicos até 2016 para atendimento especializado de assistência técnica e acompanhamento técnico junto ao produtor.
O convênio prevê ainda divulgação de linhas de crédito rural para custeio e investimento, qualificação e aplicação dos recursos através de projetos técnicos e de assistência técnica e extensão rural (Ater) e a elaboração de laudos de acompanhamentos e supervisão dos empreendimentos financiados.
DEZ ANOS - Em 2016, o Programa Trator, Equipamentos e Implementos Solidários completa 10 anos de atividade ininterrupta, promovendo a modernização das pequenas propriedades rurais com a introdução de máquinas, implementos e equipamentos agrícolas para melhoria da produtividade, renda e qualidade de vida do homem do campo.
Desde 2006, quando o programa entrou em execução, até 2015, só o Banco do Brasil financiou 8.993 tratores, num valor total financiamento de R$ 481,9 milhões. A Secretaria da Agricultura agrega a esses números os tratores financiados pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), em parceria com o Sicredi e Cresol, e os financiados diretamente pela Fomento Paraná.
Com isso, esse número sobe para 9.536 unidades no valor total de R$ 538,1 milhões. São tratores de 55 e 75 cavalos de potência, indicados para a pequena propriedade familiar. A partir de 2014, iniciou-se um processo de inovação no programa com a introdução de novos itens financiados ao amparo da equivalência em produto.
Foram financiadas 24 colhedoras, no valor total de R$ 6,9 milhões, e 52 pulverizadores no valor de R$ 894 mil. Os recursos são oriundos do Pronaf Mais Alimentos, e os da equivalência em produto do Fundo de Desenvolvimento Econômico do Estado (FDE).
De 2011 a 2015, foram adquiridos 3.548 tratores aos agricultores familiares, numa média de 709 máquinas por ano. O valor no financiamento nesse período atingiu R$ 221,8 milhões.
PROGRAMA SOCIAL - Os preços das máquinas e equipamentos dentro do programa são cuidadosamente negociados pelo Estado com os fabricantes e concessionárias e o mix de produtos ofertados sofreu uma redução média de 12% a 15% em relação aos preços normais praticados pelo mercado. É considerado um programa social, voltado ao segmento de agricultores familiares com renda bruta anual de R$ 360 mil.
Essa estratégia adotada no programa Trator Solidário proporcionou aos agricultores familiares uma economia de R$ 32 milhões.
Para o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, esse programa ajudou os agricultores a investir mais nas propriedades e na melhoria da qualidade de vida de suas famílias. A meta agora, segundo ele, é financiar cerca de 1.000 tratores no ano.
Ortigara anunciou que no ano que vem, quando completar 10 anos do programa, será comemorada também a entrega do trator número 10 mil, desde que o programa foi criado.
Com o financiamento de pulverizadores, colhedoras e tratores cabinados, o programa entra em sua terceira fase. A primeira financiou apenas tratores. Depois foi ampliado com a entrada das colhedoras e, agora, vem o financiamento dos implementos agrícolas.
Segundo Ortigara, a celebração deste convênio marca o encerramento de um ano que foi difícil para a economia brasileira, mas que o Paraná está fazendo a diferença na área do agronegócio. “Chegamos ao final do ano colhendo a maior safra da história, com 38 milhões de toneladas de grãos, a maior produção de frango, de leite, e de suínos da história do Estado”, lembrou.
O presidente da Fomento Paraná, Juraci Barbosa, que participou do convênio, disse que existem aproximadamente R$ 3,3 milhões em recursos do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE) para bancar a equivalência-produto para o programa Trator Solidário. Segundo ele, esse instrumento ajuda o produtor a ter mais segurança na hora de fazer o financiamento e não ser surpreendido com altas inesperadas nas parcelas no final do contrato ou com as oscilações do preço do milho no mercado, que é o produto utilizado para a base de cálculo da equivalência.
Para o presidente da Emater, Rubens Niederheitmann, a empresa tem a grande responsabilidade de canalizar os recursos do crédito rural para que sejam bem aplicados pelos agricultores, e somente o acompanhamento técnico junto às propriedades permite alcançar melhores resultados na produção e mais renda ao produtor.
ESTADO PRIVILEGIADO - O superintendente do Banco do Brasil no Paraná, Edson Pascoal Cardozo, disse que o Paraná é um estado privilegiado, e que aqui estão as oportunidades para ajudar o País a sair da crise econômica. Segundo Cardozo, o Banco tem sido um dos maiores parceiros do Estado com um orçamento aplicado que equivale quase à arrecadação estadual anual.
Neste ano de 2015, o Banco do Brasil aplicou no Paraná R$ 42 bilhões em todos os segmentos da economia, dos quais R$ 17,5 bilhões foram na carteira de crédito rural. Na safra 2015/16, que iniciou recentemente, o Banco já aplicou R$ 5,2 bilhões em operações de custeio agrícola, que corresponde a um aumento de 41% em relação ao ano passado. Desse total, R$ 1,2 bilhão foram aplicados em investimentos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), cerca de 15% a mais dos investimentos no ano passado nesse segmento.
“O Paraná consegue apontar soluções e tem se posicionado como o Estado que vai ajudar o País a sair da crise”, destacou Cardozo.
Fonte: AEN - Agência Estadual de Notícias
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